Executivo disponibiliza 50 mil milhões de kwanzas para empresas vandalizadas
O Executivo angolano anunciou, segunda-feira, em Luanda, uma linha de financiamento de 50 mil milhões de kwanzas, com uma taxa de juros de 5 por cento ao ano, destinado aos empresários que viram os seus estabelecimentos comerciais vandalizados devido às manifestações registadas em algumas cidades do país.

O Executivo angolano anunciou a disponibilização de 50 mil milhões de kwanzas destinados ao apoio às empresas que foram alvo de vandalização durante os últimos episódios de instabilidade social e económica. A medida surge como resposta imediata à necessidade de garantir a sobrevivência de pequenos, médios e grandes negócios que viram o seu património e a sua capacidade produtiva gravemente comprometidos.
Mais do que um simples gesto de compensação, esta iniciativa tem um peso estratégico significativo. A destruição de infraestruturas empresariais traduz-se não apenas em prejuízos diretos para os empresários, mas também em riscos sociais mais amplos: perda de postos de trabalho, retração da atividade económica local e diminuição da confiança dos investidores. Ao intervir, o Estado procura estancar este ciclo negativo, restabelecendo condições mínimas de funcionamento e criando um colchão de estabilidade para que as empresas afetadas não encerrem definitivamente as suas portas.
Num contexto em que a diversificação da economia e o fomento do setor privado são considerados pilares fundamentais para reduzir a dependência do petróleo, o apoio às empresas vandalizadas assume um caráter estruturante. Preservar negócios já instalados significa preservar cadeias de valor, postos de trabalho e redes de fornecimento que alimentam a economia real.
Além disso, a ação governamental demonstra um sinal político importante: o Estado não está ausente diante de situações de crise, posicionando-se como um parceiro estratégico do setor empresarial. Essa confiança institucional é essencial para manter viva a atração de investimento, tanto nacional como estrangeiro, e reforça a ideia de que Angola caminha para um modelo económico mais resiliente e sustentável.
Em termos estratégicos, a alocação destes recursos pode ser entendida como uma medida de segurança económica e social, uma vez que evita o agravamento de tensões causadas pelo desemprego e pela falência em massa de empresas. Trata-se, portanto, de um investimento no tecido social e no clima de negócios, com impacto direto na estabilidade do país.
Assim, a disponibilização dos 50 mil milhões de kwanzas pelo Executivo vai além do apoio pontual: constitui-se como um ato valioso e necessário de preservação da economia nacional, ao mesmo tempo em que sinaliza compromisso com a proteção do setor produtivo e com a manutenção da paz social.
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